Você era a poesia matutina de um sol alaranjado que escalava lentamente o céu. Desvendou mistérios desconhecidos por todos, destruiu barreiras outrora inabaláveis e tornou-me pessoa nova. Brincou com meus cabelos, admirou meus olhos, sorriu como incentivo e foi distração.
Você foi o mais próximo que eu já cheguei do amor.
E agora, admirando o pôr-do-sol, consigo enxergar a importância do amanhecer, da queda, do luto. Aprendi que a dor era pungente mas curável. Que o tempo não cessa mas suaviza as lembranças. E que as lágrimas secam independente do que houver.
Talvez eu ainda não esteja completamente moldada. Talvez você ainda se lembre de mim quando olha para o céu. Talvez nossos caminhos ainda se cruzem. Talvez nada disso tenha realmente acabado. Talvez nossas têmporas ainda vibrem o amor. Quem sabe?
A paisagem ganhou ares vivos novamente e outros amores já me traçaram os pensamentos. Mas você ainda está aqui guardado e daqui jamais sairá. Você foi único e é imutável, pois as lembranças que despertamos em alguém nos eterniza da forma mais doce e sincera que pode existir. As lembranças são o que eu tenho de melhor sobre você.
Vitória
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