Desabafo desesperado que não faz o menor sentido mas que eu precisava deixar aqui


E eu, que sempre quis tanto um tempo com você pra te falar tudo o que estava em mim; que sempre quis jogar na sua cara toda a dor que você deixou quando foi embora; que esperei anos pra poder te ver sem querer chorar... Eu me vi ali, contigo, no carro de sempre, na rua de sempre, admirando teu sorriso como sempre. E no (re)começo de tudo eu estava me esforçando tanto pra não demonstrar que tu havia me machucado... agora eu tava ali, como se estivesse completamente curada do furacão que passou quando você se foi de nós.
Eu, que sempre quis estar próxima de você e saber da sua vida, que sempre quis ouvir de você que queria saber do meu dia, que nunca tinha recebido um conselho teu. Eu olhei pro lado e vi tudo o que eu sempre quis ver de você, ali, totalmente comigo e por mim.
Eu esperei uma vida para estar ali hoje. Inclusive, sabendo que ia te ver de noite, revivi as borboletas do meu estômago as 6 da matina. Não conseguia pensar em mais nada o dia todo.
Eu tava ali. Com você.
E eu não consigo parar de pensar no quanto isso pode ser mentira, no quanto eu posso estar me enganando de novo... Mas a vida passou tão depressa e eu não consigo fingir que não me sinto a garota mais feliz do universo quando você me olha e sorri daquele jeito. Eu te beijei por quinze minutos ininterruptos e parecia que tudo em volta era amistoso e tranquilo. Eu não queria sair nunca dali, pra mais nada.
E eu comecei a lembrar de tudo o que foi bom.
De quando eu tava indo embora um dia e você me puxou sorrindo e pedindo pra eu ficar. De quando chovia sem parar do lado de fora mas nós estávamos tranquilos do lado de dentro. De quando você fez o maior caminho do mundo pra poder me ver no meu aniversário. De quando você estava morrendo de sono e ficou olhando pra mim antes de dormir. De tudo.
Já faz trinta e seis horas que te vi e ainda não consigo parar de sorrir quando lembro disso.
A tempestade passou.
Vitória 

Um comentário:

Talk dirty to me...